sexta-feira, 31 de outubro de 2014

BLÉ - aqueles que da lei da morte se vão libertando

Faleceu ontem, 30 de Outubro, o Blé.

MANUEL BESSA RODRIGUES D’AZEVEDO, “BLÉ”
Coronel Aviador da Força Aérea Portuguesa




Nasceu no lugar de Montes, freguesia de Olalhas, concelho de Tomar, distrito de Santarém, a 21 de Junho de 1938.
Filho de Manuel Rodrigues de Azevedo e de Aurora Celeste Bessa da Silva, ambos Professores do Ensino Primário.
à responsabilidade do nome BLÉ é da sua irmã (a Dra. Maria Cândida Azevedo) que sendo ligeiramente mais velha que ele, quando este nasceu, na sua linguagem monossibálica, referia-se a ele não como o bebé mas sim como o blé e assim BLÉ ficou.
O pai participou activamente no associativismo, na cidadania e na cultura avintense, tendo exercido acrgos directivos em várias associações avintenses, nomeadamente no Futebol Clube de Avintes, no Clube Recreativo Avintense, nos Plebeus Avintenses, nos Bombeiros Voluntários Avintenses. Foi vogal suplente da Junta de Freguesia, entre os anos de 1951 a 1954 e Juiz Avindor, junto da Paróquia de S. Pedro de Avintes. Na década de quarenta, em colaboração com o Professor Aquiles Oliveira, fundou a Cantina Escolar.
A sua infância, até aos 4/5 anos, foi passada no lugar de Montes, freguesia de Olalhas, onde os seus pais foram colocados e onde se conheceram e casaram. O pai, de origem minhota, convenceu a sua mãe, alfacinha, a mudarem-se para o Norte… e, assim com toda a família, vieram parar a Avintes, de onde nunca mais saíram. Passou o resto da sua infância e juventude em Avintes que considera alegre, despreocupada e feliz, junto dos seus amigos de escola que nunca mais esqueceu e onde jogava à “pincha”, ao “pião” e à “sameira”, coleccionando os “papéis Vitória”, tudo entremeado com as indispensáveis futeboladas mas… com bola de trapos. Mais tarde e então já adolescente, integrou um grupo de colegas estudantes e amigos avintenses, grupo a quem se deve o nascimento e fundação da União Académica de Avintes.
Frequentou a Escola Primária do Palheirinho, o Liceu Alexandre Herculano, no Porto, e a Academia Militar em Lisboa onde finalizou o curso de Aeronáutica.
A sua opção profissional começou por um certo rasgo de aventureirismo, resolvendo ser aviador e concorrer à Força Aérea para a função de piloto. Para atingir esse objectivo teve de se submeter a uma selecção extremamente rigorosa, acabando por ser um dos candidatos considerado apto, iniciando desse modo a sua vida militar e aeronáutica.
Esta vida começou na Base Aérea nº 7, em S. Jacinto, onde iniciou a instrução básica de pilotagem num avião a hélice, bilugar, e monomotor, designado Chipmunk e, tendo terminado a instrução ao fim de oito meses, rumou para a Base Ajérea nº 1, em Sintra. Aí inicou a Instrução Complementar de Pilotagem num avião, também bilugar e monomotor a hélice, o T-6 Harvard, muito maior e complicado, tendo terminado o curso com aproveitamento e recebendo o almejado “brevet” de piloto-aviador. Foi neste avião e nesta fase da vida que os pilotos cometeram as maiores asneiras e apanharam os maiores sustos. Ele próprio não resistiu à tentação de mostrar as suas habilidades quando, já perto do final do curso e durante um voo a solo de navegação a baixa altitude, resolveu visitar o Largo do Palheirinho em Avintes e fazer umas passagens a “raspar telhados”. Muito perigoso que o seu pai não deixou de o repreender na primeira oportunidade.
Os primeiros classificados do curso foram escolhidos para a pilotagem de aviões a jacto e assim passou para a Base Aérea da Ota, para os aviões a reacção T-33. Foi no decorrer do curso que o estado-Maior da Força Aérea convidou os oficiais em formação a candidatar-se à Academia Militar (ainda não havia Academia da Força Aérea) e daí poderem ingressar no Quadro Permanente e beneficiarem das regalias inerentes. Candidatou-se, foi admitido, e começou outra vida académica num curso superior de Ciências, mas acrescido das disciplinas de foro militar. Tudo isto num enquadramento de disciplina militar, que tinha um intervalo às 5ªs. feiras, em que saíam da Academia para a Ota para pilotar. Assim se passaram quatro anos, findos os quais voltou ao T-33 para readaptação e conclusão da formação que tinha ficado a meio.
Findo este curso complementar, foi um dos escolhidos para entrar no “antro” dos Falcões, elite dos pilotos da Força Aérea localizado na Base Aérea de Monte Real, onde iniciou então o Curso Operacional que demorou dois anos, findo os quais foi considerado “combat ready”, segundo a linguagem NATO. Voava então no F-86 Sabre, caça supersónico, monolugar e monomotor, avião que equipava as Forças Aéreas dos países aliados.
Entretanto chegou a Guerra do Ultramar e teve de mudar para o Fiat G 91, similar ao Sabre mas não tão bom. A primeira comissão foi no Norte de Moçambique, seguindo-se a Guiné e depois Angola. Estava num destacamento em Cabinda quando ocorreu o 25 de Abril. Regressado do Ultramar, voltou para Monte Real, mas não por muito tempo.
Foi então colocado no Estado-Maior da Força Aérea a chefia a Repartição de Segurança de Voo e Investigação de Acidentes, pois tinha frequentado um curso de formação nessa matéria no estrangeiro. Mais tarde foi transferido para os Açores, onde ocupou o cargo de Conselheiro Aeronáutico do Comandante-Chefe, e onde permaneceu cerca de quatro anos.
De regresso ao Continente foi promovido a Coronel e iniciou nova etapa, o comando de Base Aérea, tendo começado pela Base Aérea nº 3 em Tancos e depois a Base Aérea do Lumiar em Lisboa, tendo sido ainda Chefe de Divisão no Estado-Maior da Força Aérea.

Findas estas missões iniciou outras muito diferentes, pois foi convidado e aceitou o cargo de Adido de Defesa Aeronáutica junto das Embaixadas de Portugal em Paris, Bruxelas e Luxemburgo, com residência em Paris. Neste cargo permaneceu cerca de quatro anos.
Quando voltou, foi surpreendido com o convite para presidir ao Tribunal Militar da Força Aérea, onde lhe coube a responsabilidade de presidir a um colectivo de três juízes e que julgavam exclusivamente infracções e crimes de natureza militar. O edifício onde funcionava este tribunal é um palácio grandioso que pertenceu aos Condes de Avintes. Embora esta não fosse a área da sua formação, conseguiu “levar a carta a Garcia” com estudo e a ajuda dos seus companheiros juízes. Também desempenhou esta tarefa durante quatro anos e, como entretanto completou os 60 anos, passou á Reserva, o que em termos militares, corresponde à Pré-Reforma.
Foi louvado e condecorado após 39 anos de serviço activo na Força Aérea.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

MORREU O SR. FRANCISCO

Bem companheiros, esta é a noticia que eu menos queria aqui postar; morreu o XICO RATO.
Companheiros, combatentes de Avintes, ele era um dos rostos mais conhecidos da ASSOCIAÇÃO DOS COMBATENTES DE AVINTES, deixou-nos e, com a sua partida vai deixar um vazio entre nós que jamais será preenchido.
Morreu o homem dos consensos, da amizade, do companheirismo, enfim para nós homens da Associação o homem que mais lutou para que o nosso Monumento fosse uma realidade.
Não podia deixar de dar uma palavra de conforto e de condolências á família e em especial aos seus filhos Pedro e Paulo e dizer-lhes que a dor que a partir de hoje irão sentir, ela perdurará para o todo o sempre, mas será mitigada e atenuada por saberem que o vosso amado pai vai deixar uma saudade em todos os que com ele privaram.
Sei o quanto custa e dói vermos ali prostrada a pessoa amada , olharmos para quem não nos vê, falarmos para quem não nos ouve,tocarmos e saber que não nos sente, mas temos de suportar a nossa dor e pedir a Deus que lhe dê o eterno descanso e que a luz perpétua brilhe para ele na companhia dos Seus eleitos
Para nós Combatentes de Avintes, esta despedida do Xico Rato, não é o fim de uma amizade, é sim o começo de uma grande saudade.
Par o primeiro combatente de Avintes fica o epíteto dos grandes; DITOSOS OS DIGNOS DE MEMÓRIA, DESCANSE EM PAZ.
Avintes 18 de Dezembro.

terça-feira, 24 de setembro de 2013



TEXTO ALUSIVO AO MEMORIAL DOS COMBATENTES DE AVINTES
INAUGURADO A 14/09/2013

Arqt.º OCTÁVIO ALVES

1
COMBATE CONCEPTUAL

Constitui tarefa extremamente difícil, tornar visível para todos, através de matéria palpável, assuntos do foro do coração e da alma, a que se deve guardar o máximo respeito.

A frase que sintetiza a verdade dos factos ocorridos além-mar, apela a que se aprenda a estar de pés bem assentes em terra, a ouvir o eco do silêncio que surge, aquando da sua pronunciação:

“OS QUE TOMBARAM, DEIXARAM EM ABERTO, UM VAZIO”…

2
MURO DA VIDA

Constroem-se e desconstroem-se ideias, ao longo do tempo.


Edifica-se o próprio tempo, na efetivação das ideias, como aquela a que simbolicamente este memorial nos fixa…
utilizando a métrica perfeita (em comprimento, largura e altura), a que juntamos a profundidade da Arte, a que pertencem as coisas simples, puras e verdadeiras, com essências libertadoras.

O MURO DA VIDA foi tomado de assalto, antes do tempo.
Levaram partes que continuam a fazer muita falta
e toda a diferença, apesar da aparente igualdade
e criaram vazios de alma, para toda a vida.

Ao muro chegam lamentos legítimos, de todos os lados afetados pelas perdas, a questionarem o outro lado das coisas.

No limite da resistência e possibilidades da matéria, mantem-se o MISTÉRIO da sustentabilidade da vida, carregada de tensões.

3
VAZIOS DE ALMA

O que se avista a partir de cada VÃO RASGADO, é o rasgo que a visão do passado ocultou, mas que abrirá necessariamente outras janelas ao futuro.
Importa que o VÃO CRIADO, não tenha sido em vão, no território que
pontualmente ocupamos
na dimensão que temos e damos à vida
ao espaço e ao tempo que precisamos
na caminhada da identificação de fronteiras do Ser.

O aparente negativo, se transforma em verdadeira revelação de brilho e positivismo, apropriando-se de silhuetas de luz que projetarão planos de destaque, vencendo a própria noite seguindo o exemplo das estrelas.

4
O QUE TOMBA

O que tomba, não é forma geométrica de natureza morta, mas a forma viva de elevar a memória a níveis de ver, todas as faces ocultas pela matéria.

Formas tombadas, em posições que circunstâncias de guerra ditaram, (mas que urge saber tirar ilações e fazer a redação correta, sem cópias, nem erros futuros), para a aprendizagem com os tempos ser aprovada com nota máxima, em valores acrescentados.

O número de baixas, tornam-se altas tomadas de consciência.

O alinho dos tempos, desenvolverá outras inclinações.
A inclinação dos tempos, desenvolverá outros alinhos…
entre as geometrias variáveis do homem e da matéria, ao nível da terra e a verticalidade, pressentida no alto dos Céus.

5
ASSOCIAÇÃO COMBATENTES AVINTES

Fácil se tornou o combate pela vitória da ideia, sem cosmética, deste memorial,
com uma frente de luta a guardar as costas e a honra,
com a paz da consciência de estar de bem
com a consciência de estar,
tornando bem vincada, a presença dos que partiram.

Foram estes homens, da Associação de Combatentes de Avintes, os verdadeiros atores, no teatro de operações de guerra,
e os verdadeiros autores do monumento de paz a esses momentos,
por saberem estar de pé, como estão os ciprestes:

   . autênticos guardiões dos tempos
   . sentinelas da passagem de testemunhos,
     do conhecido para o desconhecido,
     do que fica para além de nós, de qualquer muro ou fronteira.

Digna postura de quem responde à guerra,
reconciliando-se com o passado, em espírito de paz,
erguendo obra e fazendo justiça pelas próprias mãos,
estando aqui (e assim), de consciência tranquila.

Sempre presente o espírito de combate de causas de quem não esquece o camarada e lembra todos os da terra.

6
FUTUROS COMBATES

Emboscadas íntimas, estão na ordem do dia
dos combates do agora
rumo à independência da consciência,
para se alcançar a verdadeira paz de espírito.

Importa que:
nos saibamos erguer… com a queda
                preencher… o vazio
               reconstruir… o muro perfeito
             permanecer… de sentinela
                  defender… o território da justiça
                   marchar… rumo à paz da consciência
           compreender… o chão que pisamos, em igualdade
                                    de circunstâncias, para todos
                  respeitar… os três lados do triângulo
                                    que delimita o espaço de intervenção
                                    que é exatamente o número 3, número da Criação…
pelo que:
corre sérios riscos quem segue demasiado à risca
a regra da régua e do esquadro, na geometria do pensamento,
que se pretende livre, aquém e além–mar,
para que se possam içar bandeiras brancas a toda a hora, em qualquer lugar, dignificando a condição humana.


7
AGRADECIMENTO

Sinto-me muito agradecido a todos
com especial relevo a quem me desafiou a estar neste campo de batalha…

Rendo-me… ao respeito… que todos vocês (me) merecem.

                                                               OCTÁVIO ALVES (Arqt.)
__________________________________________________________________________
Inauguração no passado 14 de Setembro de 2013 do Monumento aos Combatentes de Avintes. 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

FALECIMENTO - MANUEL BALDAIA P.MARTINS



Caros Amigos

É com pesar que informamos que faleceu o nosso conterrâneo Manuel Baldaia Pereira Martins.
Serviu a Pátria na Guiné, integrado na Companhia de Caçadores 2367 – Os Vampiros - do BCAÇ 2845, no período de 1968 a 1970. Era Alferes Miliciano. A CCAÇ 2367 teve a sua base no Olossato.
O funeral realiza-se amanhã, às 10 horas, em Avintes, Vila Nova de Gaia.
Que descanse em Paz.

O Alferes Baldaia no convívio da CCAÇ 2367, em 2009, na Mealhada




sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MEMORIAL COMBATENTES - INAUGURAÇÃO

 


Foi inaugurado no passado Sábado o Monumento aos Combatentes de Avintes.
A cerimónia  contou com a presença 
dos seguintes convidados:
Sr. Tenente-Coronel Carlos Barradas Fernandes, em representação do Sr. Coronel José Mendes Ferreiro, Comandante do RA 5 - Regimento de Artilharia 5 (Serra do Pilar).
Sr. Coronel de Infantaria Comando José Manuel Belchior, Presidente da Liga dos Combatentes do Porto, em representação do Sr. General Chito Rodrigues, Presidente da Liga dos Combatentes.
Sr. Padre José Augusto Oliveira, pároco da nossa freguesia, acompanhado do Sr. Diácono Maia.
Sr. Arquitecto Octávio Alves, autor do nosso Monumento.
Sr. António José Vieira dos Santos, presidente da Junta de Freguesia de Avintes.
Sra. D. Celeste Isaura Filipe, presidente da Assembleia de Freguesia de Avintes.
  
Sr. César Oliveira, Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia.
Sr. Vereador Rui Cardoso, em representação da Presidente de Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Sra. Dra. Amélia Traça.
Várias colectividades de Avintes fizeram-se representar bem como várias Associações de Combatentes e representantes de unidades militares que estiveram em África.
Estiveram presentes ainda muitos dos nossos Combatentes de Avintes e familiares bem como população Avintense.





Esteve presente uma força militar acompanhada de um clarim para efectuar a cerimónia de homenagem aos mortos.



Antes do início da sessão tivemos a actuação da Tuna Sénior da ACMA, dirigida pelo Sr. Prof. Júlio Pinto.

O Sr. Dr. Cardoso Magalhães, Presidente da Assembleia Geral, procedeu à abertura da cerimónia e disse algumas palavras alusivas ao momento.


O Sr. Josué Ribeiro Oliveira Júnior explicou o motivo porque estávamos ali tendo feito uma resenha do percurso efectuado até chegarmos a este momento. Foi um longo discurso, carregado de emoção própria de quem viveu a guerra. Referiu vários colegas que estiveram na génese deste momento, tendo palavras especiais para o Sr. Francisco Lopes dos Santos (o nosso Chiquinho Rato) que foi o primeiro Avintense a embarcar para Angola, no navio NIASSA no dia 21 de Abril de 1961.


De seguida os Srs. César Oliveira, Presidente da Assembleia Municipal e o Sr. Vereador Rui Cardoso, procederam ao descerramento da placa de inauguração. Ao mesmo tempo foi retirada a tela que cobria o Monumento.






O Diácono Maia procedeu à benção do Monumento e de seguida deu-se início à CERIMÓNIA DE HOMENAGEM AOS MORTOS. Esta cerimónia é uma homenagem a todos aqueles que foram capazes de sacrificar a própria vida, combatendo em defesa de Portugal.




Neste Monumento que perpetuará a memória dos que serviram a Pátria até à suprema dádiva, pelos Sr. César Oliveira, Presidente da Assembleia Municipal e Sr. Vereador Rui Cardoso, foi feita a deposição de uma coroa de flores em honra destes Combatentes e ainda daqueles que entretanto já partiram.


De seguida o clarim executou o TOQUE DE SILÊNCIO e a Guarda de Honra APRESENTOU ARMA. Seguiu-se o TOQUE DE HOMENAGEM AOS MORTOS EM DEFESA DA PÁTRIA. Após UM MINUTO DE SILÊNCIO o clarim executou o TOQUE DE ALVORADA. Este toque simboliza o renascer daqueles que, em espírito, continuam a servir-nos de exemplo.





Finda a CERIMÓNIA DE HOMENAGEM AOS MORTOS passámos aos discursos das personalidades convidadas. Neste momento os familiares dos soldados que deram a vida pela Pátria deslocaram-se para junto das pedras tombadas que representam cada um dos dez Avintenses que caíram.




Em primeiro lugar discursou o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Avintes, Senhor Vieira dos Santos por nós Combatentes considerado um dos pais do Monumento a par do anterior Presidente de Junta, Sr. Dr. Nuno Oliveira. Foi o Senhor Vieira dos Santos que nos prometeu encontrar um Arquitecto amigo para nos apresentar um projecto de Monumento. Contactou o seu Amigo Arquitecto Alves e assim começou a crescer a ideia de que iríamos finalmente ter um Monumento. Assim veio a acontecer.



De seguida usou da palavra a Sra. D. Celeste Isaura Filipe, Presidente da Assembleia de Freguesia
O Sr. Arquitecto Octávio Alves descreveu o Monumento tendo referido os vários simbolismos presentes.

De seguida o Sr.
Coronel de Infantaria Comando José Manuel Belchior, Presidente da Liga dos Combatentes do Porto teceu vários comentários a respeito dos Combatentes e do trabalho que a Liga dos Combatentes tem vindo a fazer.

O  Sr. César Oliveira, Presidente da Assembleia Municipal elogiou o empenho da Associação de Combatentes de Avintes e na sua qualidade de Combatente (cumpriu comissão em Moçambique) sentiu-se honrado porque também se sente representado neste Monumento - o primeiro Monumento ao Combatente construído em Vila Nova de Gaia.



O Sr. Vereador Engº. Rui Cardoso, aqui presente em representação da Sra. Presidente da Câmara Dra. Amélia Traça teceu palavras de circunstância tendo afirmado que o empenho da sociedade civil também é importante na concretização dos anseios da população.

Finalmente, em nome da Associação, o Sr. Antero Santos depois de fazer uma emotiva referência aos soldados africanos que o acompanharam, aos seis soldados da sua Companhia que foram fuzilados e às dezenas de sem-abrigo que hoje vagueiam por Lisboa, antigos soldados que combateram ao nosso lado e que foram abandonados pela Pátria que serviram, agradeceu a presença de todos.




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Homenagem aos Combatentes do Ultramar
A Freguesia de Avintes, no Concelho de Vila Nova de Gaia, reconheceu publicamente o feito dos seus militares que nas décadas de sessenta e setenta combateram nos territórios ultramarinos.
Num espaço bem bonito e amplo da Vila de Avintes foi inaugurado, no dia 14 de Setembro de 2013, o Monumento ao Combatente.
Após uma longa batalha de muito trabalho e canseiras os Avintenses não desistiram e, depois de algum tempo, conseguiram levantar este belíssimo mural que ficará para memória futura.

Neste esforço colectivo dos habitantes de Avintes é digno realçar o nosso camarigo Monteiro (Manhiça) que acompanhou todo o projecto e não se poupou em angariar fundos andando de porta em porta.

Vêmo-lo todo vaidoso junto do seu monumento assim como todos os ex.combatentes de Avintes que de hoje em diante podem contemplar esta obra que honra e dignifica o serviço prestado à Pátria.
Este muro, feito de cubos de granito, foi o escudo das balas do inimigo e protetor de todos os perigos. Apesar deste abrigo mesmo assim houve 10 jovens Avintenses que caíram por terra. Daí os buracos que se observam no mural e cujos blocos se encontram prostrados por terra. Em cada um desses dez cubos está inscrito o nome, a data e a província de cada combatente falecido.

Aos nossos amigos de Madina Mandinga que cruzarem estas terras de Vila Nova de Gaia e a Freguesia de Avintes parem por uns instantes junto deste monumento. Ele também é um pouco nosso.
Quanto à sua localização fica próximo da entrada do Parque Biológico de Gaia e da Associação Cultral e Musical de Avintes "ACMA".

domingo, 8 de setembro de 2013

O NOSSO MONUMENTO

                                                       DEUS QUIS
                               NÓS, COMBATENTES DE AVINTES, SONHAMOS
                                            O MONUMENTO FEZ-SE

Amigos e Combatentes, a todos os que colaboraram e contribuíram agora e no futuro para que o MONUMENTO AOS COMBATENTES DE AVINTES, passasse de sonho a realidade, o nosso sincero obrigado.
È já no próximo dia 14 do corrente mês de Setembro que será inaugurado o MONUMENTO, o qual será e ficará um marco na história comtemporanea da nossa VILA DE AVINTES e que marcará toda uma geração de heróis AVINTENSES que combateram pela pátria nos vários teatros de operações da GUERRA DO ULTRAMAR desde 1961 a 1974.
Será um lugar que perpetuará, não só os vivos, mas também todos aqueles que da vida se foram libertando e especialmente aqueles 10 jovens que derramaram o seu sangue ao serviço da pátria Portuguesa "DITOSOS OS DIGNOS DE MEMÓRIA",descansem em paz.
Amigos pensemos O QUANTO A VIDA SERIA MAIS VIDA SE A VIVÊSSEMOS COM OS COMPANHEIROS JÁ FALECIDOS.
Companheiros combatentes, este Monumento cujo lema é: OS QUE TOMBARAM DEIXARAM ABERTO UM VAZIO, marcará o exemplo mais nobre que foi pedido a uma geração de Avintenses, servir e dar tudo pela sua pátria PORTUGAL e para que os vindouros se lembrem que UM POVO QUE NÃO CONHECE A SUA HISTÓRIA, NÃO PODE COMPREENDER O PRESENTE NEM CONSTRUIR O FUTURO.
Ali ficará demonstrado todo um sacrifício e principalmente a dor e sofrimento dos pais daqueles 10 companheiros que ficaram com um vazio no coração que jamais foi preenchido, porque sentiram na pele o que de mais odioso tem a guerra, ou seja :SE NA PAZ, SÃO OS FILHOS QUE ENTERRAM OS PAIS, NA GUERRA SÃO OS PAIS QUE ENTERRAM OS FILHOS.
Para todos os combatentes de Avintes, um grande abraço e parabéns, até sempre. Monteiro.

INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO

"OS QUE TOMBARAM DEIXARAM EM ABERTO... UM VAZIO.”

Finalmente vai ser concretizado um sonho de todos nós, Combatentes – vai realizar-se a inauguração do Monumento aos Combatentes de Avintes.

A cerimónia terá lugar no dia 14 de Setembro, Sábado, e contará com a presença de várias entidades civis, militares e religiosas.

O programa é o seguinte:
10,00 Horas – Concentração junto ao Monumento;
10,30 Horas – Recepção dos convidados;
11,00 Horas – Cerimónia de Inauguração.

Depois de um trabalho longo devido a alguns problemas técnicos na feitura do Monumento, eis-nos quase chegados à conclusão deste objectivo.


Início do desaterro




Fazer o puzzle



Limpeza com jacto de areia



Colocação de cipestres

Colocação de relva


Quase pronto



sábado, 13 de julho de 2013

MONUMENTO - Começo da montagem

Finalmente começou a tornar-se realidade o sonho dos Combatentes. Está a ser montado o Monumento aos Combatentes.

Quinta-feira dia 11
O primeiro bloco a ser descarregado









Sexta-feira dia 12



O bloco tecnicamente mais complicado









Os artistas da montagem