Amigo Combatente:
Para o ano que ora entra, quero endereçar a todos vós e respectivas familias o meu veemente desejo de um Ano cheio de coisas boas.
Anunciam um ano dificil, mas, nós combatentes que já passamos por momentos dificilimos e já palmilhamos muitas "picadas" não nos deixaremos afectar com estas dificuldades, porque para nós combatentes;NÃO HÁ COISAS DIFICEIS NEM IMPOSSIVEIS, PORQUE OS SONHOS DE ONTEM, SÃO AS ESPERANÇAS DE HOJE E PODEM E DEVEM SER AS REALIDADES DE AMANHÃ.
Sejam Felizes
BOM ANO
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
SANTO E FELIZ NATAL
Amigos Combatentes;
Nesta quadra festiva, aqui fica um voto de esperança, Paz, felicidade e de irmandade.
Na hora de reflecção e agradecimento, pelas coisas boas que tivemos este ano, vamos ter um pensamento para com os companheiros combatentes já falecidos, mesmo sabendo o quanto è, e será, dificil prencher o vazio deixado em aberto nos corações das suas familias , nas memórias de nós todos os combatentes e tambem no seio da comunidade Avintense, pelas suas partidas precoce ou tardia.
Rogamos ao Senhor que lhes dê o Eterno descanço e Paz às suas almas.
FELIZ NATAL
Nesta quadra festiva, aqui fica um voto de esperança, Paz, felicidade e de irmandade.
Na hora de reflecção e agradecimento, pelas coisas boas que tivemos este ano, vamos ter um pensamento para com os companheiros combatentes já falecidos, mesmo sabendo o quanto è, e será, dificil prencher o vazio deixado em aberto nos corações das suas familias , nas memórias de nós todos os combatentes e tambem no seio da comunidade Avintense, pelas suas partidas precoce ou tardia.
Rogamos ao Senhor que lhes dê o Eterno descanço e Paz às suas almas.
FELIZ NATAL
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
DIA DE FINADOS
Neste dia em que se
celebra o Dia de Finados, curvemo-nos em memória dos nossos conterrâneos
Combatentes que deram a sua vida pela Pátria durante a Guerra do Ultramar:
4 de Agosto de 1961 –
Joaquim de Sousa Ferreira – morto em combate em Angola;
5 de Setembro de 1965 –
José Rocha da Silva – morto em combate na Guiné;
23 de Junho de 1967 –
Francisco Monteiro de Almeida – desaparecido em combate na Guiné;
20 de Outubro de 1968 –
Manuel Ferreira de Almeida – morto em combate na Guiné;
1 de Julho de 1970 –
António Manuel Ribeiro Ferreira – morto em combate em Moçambique;
17 de Dezembro de 1970
– José Francisco Campos Costa – morto em
combate em Moçambique;
15 de Julho de 1972 –
Idílio da Costa Moreira – morto em acidente na Guiné;
26 de Setembro de 1972
– Joaquim da Costa Oliveira – morto em combate na Guiné;
2 de Janeiro de 1973 –
Joaquim da Costa Gonçalves – morto em
combate em Moçambique;
10 de Julho de 1974 – António
dos Santos Sousa – morto em acidente em Moçambique.
Uma recordação também
para aqueles que regressaram da Guerra do Ultramar e que entretanto já
partiram.
Repousem em Paz.
Joaquim de Sousa Ferreira |
José Rocha da Silva |
![]() |
Francisco Monteiro Almeida |
Manuel Ferreira Almeida |
António Manuel Ribeiro Ferreira |
![]() |
José Francisco Campos Costa |
Idílio da Costa Moreira |
Joaquim da Costa Oliveira |
Joaquim da Costa Gonçalves |
António dos Santos Sousa |
As cinzas do Francisco Monteiro Almeida repousam algures na Guiné;
O Joaquim da Costa Gonçalves está sepultado em Valbom;
Todos os outros estão sepultados em Avintes.
sábado, 27 de outubro de 2012
O MEDO É MAU COMPANHEIRO
A vida é feita de sonhos e concretizações,
grande parte de nossos problemas é causado pelo medo. Medo de perder
alguém, de não conseguir o que pretendemos e desejamos, de atingir objetivos a
que nos propusemos, medo de ser ultrapassado pela sociedade em que vivemos,
medo de perder o protagonismo, medo de conseguir chegar lá.
Medo...
Medo esse que nos causa
muitas vezes que fazemos projetos acabam em desilusões e frustrações. Fazer a
diferença significa atitude e vontade de mudar, não o reconhecer é medo da
competência. Tem gente que vive anos e não deixam nada e outros que vivem pouco
tempo na terra e deixam a sua marca.
Há um provérbio árabe milenar e conhecido em
todo o mundo, lembrando quatro coisas muito importantes que jamais retornam:
A palavra dada – O compromisso assumido - A vivencia que se teve
- A oportunidade desperdiçada.
Certas
pessoas que se proclamam de “ILUMINADOS”, mas esquecendo-se que o comodismo é
uma forma de medo.
De quem têm medo ? Do que têm medo ?
Pelas
responsabilidades assumidas em A.G. e como o desenvolvimento da atividade da
Associação foi alterado, haveria que se assumir a “MUDANÇA” em reunião magna e
partir para o normal funcionamento da A.D.C.D.A. para que as decisões a tomar
tivessem a representatividade que aos combatentes lhes é devida.
“ O primeiro grau
de heroísmo, é vencer o Medo com inteligência “, porque nenhuma paixão pode, como o MEDO, roubar tão
intensamente o espirito da capacidade de agir e pensar. Nós queremos que essa legalidade democrática seja reposta para que a A.D.C.D.A tenha
o mérito de ter contribuído para que o
monumento seja de todos os Combatentes, dos Avintenses e não de alguém em
particular.
Companheiros Combatentes:
“O
MEDO DE ALGUEM DEPENDE UNICAMENTE E SÓ DA SUA IMAGINAÇÃO. Para nós o MEDO,
Combate-se com LEALDADE, Perseverança e muito Empenho.
Como ex. militares e combatentes lidamos muito
mal com “TRAIÇÃO”, cobardia e
irresponsabilidade. A vida de militar ensinou-nos alguns valores que prezamos e
que nunca abdicaremos daqueles que engradeçam a relação entre as pessoas, a
sociedade e as suas instituições. A GUERRA DO ULTRAMAR, obrigou-nos a crescer mais
depressa e habituou-nos a respeitar para sermos respeitados. Continuaremos
atentos aos “compromissos assumidos”.
Vamo-nos
afastar para que o protagonismo seja dado a quem o procura,
Aguardaremos tranquilamente até sermos “CHAMADOS” a prestar contas.
Cumprimentos,
MM/JR
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
MONUMENTO AOS COMBATENTES - O ARRANQUE
MONUMENTO
AOS COMBATENTES
Iniciou-se
na passada Quinta-feira e terminou ontem a primeira fase do processo que irá
culminar na construção do Monumento aos Combatentes de Avintes.
Arranque das árvores |
Marcação do terreno |
Com a
presença do autor do projecto, Sr. Arquitecto Octávio Alves, procedeu-se à
marcação do local para que se fizessem os alicerces; as árvores do local foram retiradas
e a máquina avançou, tendo feito a vala; depois da colocação do ferro armado e
da colocação dos painéis de suporte procedeu-se à betonagem da sapata. Ontem
foi retirado o madeiramento e as fundações foram dadas como concluídas.
A primeira "pazada" |
Montagem dos painéis |
Estrutura pronta a receber o betão |
Grua para "transporte" do betão |
Fase do enchimento |
Fim da betonagem |
Sapata pronta |
Queremos agradecer ao Parque
Biológico e à Junta de Freguesia, pelo empenho dos seus responsáveis Sr. Dr.
Nuno Oliveira e Sr. Vieira dos Santos e também ao Sr. Arqº. Octávio Alves pelo
acompanhamento que tem dado.
Agradecemos ainda ao Sr. Arquitecto
Francisco Saraiva e ao Sr. Engº. Marco Duarte pela preciosa colaboração que
deram na supervisão da obra.
Brevemente será feita a regularização
do terreno para que seja possível prosseguir com a obra que levará à
concretização do sonho de todos nós - O Monumento aos Combatentes de
Avintes.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
NOTICIAS
Enfim Começou
“ Uma grande caminhada , tem inicio
num primeiro passo”
Após alguma “provocação” e
insistência da nossa parte, em conjunto
com alguma angustia e desilusão, constatamos que no passado dia 22 de Outubro
iniciaram-se os trabalhos para a implantação dos alicerces que irão suportar o “MONUMENTO AOS COMBATENTES DE AVINTES”.
Caros combatentes, como
passamos o melhor da nossa vida a dizer que é cedo e depois passamos a dizer
que é tarde, ainda bem que se iniciaram (esperemos que até á “batalha final”)
os trabalhos do tão ansiado “Monumento” para que a recordação e perpetuação dos
feitos ,heroicidades, temores, angustias e lutas que por lá passamos, não sejam
melancolias, mas sim a esperança para o vermos erigido. Será com satisfação que
testemunharemos este feito , pois é a realização de uma vontade expressa por
“todos” os combatentes.
Companheiros, passamos por
acaso no local e apercebemo-nos do inicio dos trabalhos, pois segundo sabemos
não foi dada qualquer informação aos Associados e combatentes do inicio das
obras, o que nos leva a interrogar de que se escondem os que se “julgam” na
obrigação de informar os camaradas.
Será que ainda não se
interiorizou que a A.D.C.D.A. é de todos os combatentes e de ninguém em
particular, ainda não se aperceberam da importância da informação aos
combatentes, mas também a sociedade civil de todos as “démarches” efetuadas.
Já á data para a construção ?
e a inauguração quando será ?
Aguardamos algumas respostas de quem de direito, pensem
que todos somos ex. combatentes e
citamos o grande escritor Saint Exupéry:
“Aqueles que passam por nós , não vão sós, deixam um
pouco de si e levam um pouco de nós”
Assim sucedeu connosco e
Africa.
Companheiros, para nós a VIDA É UMA LIÇÃO DE HUMILDADE.
M. Monteiro e Jaime Ramos
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
MENSAGEM
Aos Combatentes de Avintes
Avintes 05
Outubro 2012
Na vivência que tivemos juntos ao serviço da
Associação, e foram muitas horas, dias e até semanas, fomos batalhando enquanto
podemos e a paciência permitiu, tínhamo-nos entregue de alma e coração a um projecto
que seria o culminar de um sonho de todos os ex. combatentes que deram uma
parte significativa da sua mocidade ao serviço da Pátria.
APRESENTAMOS
A NOSSA DEMISSÃO para que a via ficasse aberta a outras soluções e
assim temo-nos mantido em silêncio e no maior respeito pelos “órgãos eleitos”
mas na expectativa do que os corpos gerentes irão fazer pela reorganização da
Direcção.
A falta de quórum “obrigaria” a refazer o trajecto,
propor em reunião magna a eleição de novos corpos gerentes ou até á
reformulação da lista já existente.
Preocupa-nos o silêncio pelas responsabilidades
assumidas, a defesa da nossa imagem obriga-nos a não ficar parados, já demos o
tempo que entendemos como suficiente para que o caminho seja reposto
democraticamente, continuaremos a respeitar qualquer decisão que a direcção
queira tomar desde que não belisque os interesses daquilo que fizemos, os
princípios que definimos e os altos interesses de todos OS COMBATENTES.
Não vale a pena alguém se achar mais combatente que
qualquer outro, mais “DONO” de uma associação que não é
sua mas de todos os combatentes que cumpriram os requisitos mínimos que os
ESTATUTOS os obrigavam. Não adianta o Sr. ex. Presidente esconder a
realidade aos senhores associados, que mais não são que companheiros e amigos
que nos acompanharam na vida, na escola, nas associações culturais e
desportivas, nas brincadeiras de rua e com os quais temos uma responsabilidade
ainda maior o que nos obrigará a ter um comportamento diferente, sabendo dos
nossos direitos e obrigações. Vamos aguardar mais uns dias para ver as soluções
que os restantes elementos da direcção vão apresentar.
O silêncio vai-nos “OBRIGAR” a tomar uma posição e
esgotaremos todas as vias pessoais e legais que estiverem ao nosso alcance.
Estaremos disponíveis para esclarecer em local próprio
como, e quando entenderem as nossas divergências, angustias e preocupações quanto
á ADCDA.
Fazemos votos sinceros que não sejamos obrigados a
replicar, pois seria sinal que a nossa Associação estaria outra vez no caminho
que ajudamos a “CAPINAR”.
Um abraço
Manuel
Costa Monteiro
Jaime
Ramos
domingo, 12 de agosto de 2012
PAD 2097 - ENCONTRO DE COMBATENTES
ENCONTRO DE DOIS COMBATENTES QUE NÃO SE VIAM HÁ 41 ANOS
Ontem, no Parque Biológico, em Avintes, com a colaboração do historiador António Carlos Augusto, residente em Cinfães que quis fazer um surpresa ao seu sogro António Varela (residente em Sintra e de férias em Cinfães), aconteceu o encontro deste com o nosso conterrâneo Herculano Ferreira.
Pertenceram ambos ao PAD 2097 (Pelotão de Apoio Directo) que esteve em Moçambique, em Montepuez e em Porto Amélia.
Regressaram de Moçambique em 1973 e nunca mais de viram. Foi emocionante assistir a este encontro; de um momento para o outro tudo parou para eles excepto o tempo do Ultramar; os álbuns de fotografias foram revistos e as histórias começaram a aparecer em catadupa; enquanto durou este encontro, esqueceram-se completamente das outras pessoas.
Agora vão tentar localizar os cerca de trinta elementos que compunham este PAD 2097 e que nunca mais de encontraram.Pertenceram ambos ao PAD 2097 (Pelotão de Apoio Directo) que esteve em Moçambique, em Montepuez e em Porto Amélia.
Regressaram de Moçambique em 1973 e nunca mais de viram. Foi emocionante assistir a este encontro; de um momento para o outro tudo parou para eles excepto o tempo do Ultramar; os álbuns de fotografias foram revistos e as histórias começaram a aparecer em catadupa; enquanto durou este encontro, esqueceram-se completamente das outras pessoas.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
ILÍDIO FERNANDO SILVA PEDROSA ROCHA – Guiné
Mensagem de Ilídio Fernando Silva Pedrosa Rocha, Soldado Condutor-Auto, CCAÇ 797, Guiné, 1965/67, em Tite e Nhacra.
Assentei
praça no dia 20 de Julho de 1964, no CICA 1, Centro de Instrução e Condução
Auto, no Porto.
Fiz a
especialidade de Condutor Auto no RI 6 – Regimento de Infantaria, na Senhora da
Hora, em 18 de Outubro de 1964.
Em 6 de
Dezembro de 1964 fui colocado no Regimento de Infantaria 1, na Amadora e fui
mobilizado.
Na zona
de Mafra e da Serra de Sintra fiz o IAO – Instrução de Aperfeiçoamento
Operacional.
Passei
então a integrar a Companhia de Caçadores 797 que recebeu o nome de “Os
Camelos” e que tinha como divisa “O inimigo teme sempre quem não o mostrar
temer”.
Em 23 de
Abril de 1965 embarquei no paquete “Uíge” com destino à Guiné, fazendo parte da
CCAÇ 797, onde cheguei no dia 28. Neste mesmo dia embarquei numa LDM – lancha
de desembarque médio – com destino a Tite. A minha companhia foi render a CCAÇ
423. Estive nesta localidade durante treze meses. Como na zona de Tite o
terreno tinha muitas minas anti-carro, não exercia as funções de condutor;
durante este tempo tive de exercer actividade como caçador especial integrando
o 3º. Grupo de combate nas operações da Companhia.
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A bordo de uma LDM no Rio Geba |
Em Tite a
actividade operacional era altamente perigosa, mas a CCAÇ 797 procurou não
deixar o IN abusar e sofremos bastante, tendo felizmente saído bem desta
situação. Neste período a Companhia efectuou 275 emboscadas, 211
patrulhamentos, 17 cercos e operações de limpeza de povoações, 22 golpes de mão
e 17 operações conjuntas com outras Companhias e com grupos de para-quedistas. Destruímos
ao In 25 acampamentos e 28 tabancas. Segundo os números da unidade, percorremos
5.722 quilómetros a pé através das matas, bolanhas e tarrafos.
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O filtro de água no quartel de Tite |
Felizmente
“Roncos” (operações com sucesso) não faltaram, tendo capturado ao IN 50 peças
de armamento variado, com destaque para as acções na região de Gã Saúde e Jufá
em que capturámos duas metralhadoras, dois roquetes RPG 2 e 28 espingardas.
Apesar de
todos os cuidados acabaram por perder a vida em combate durante a comissão oito
colegas e tivemos um total de 53 feridos.
Não posso
esquecer a memória dos nossos mortos:
12/08/1965
- Júlio Lemos Pereira Martins
12/08/1965
– Inácio de Freitas Ferreira
30/09/1965
– Aníbal Alves Pires
18/10/1965
– Diogo Amaro Neves
01/11/1965
– Manuel António Amaral Nobre
18/03/1966
– Alberto Tibúrcio da Silva
11/05/1966
– Juidé Mané
17/06/1966
– Jorge Augusto Maria Brás
Que
descansem em paz.
Em 16 de Maio de 1966 mudamos provisoriamente para a zona de
Bissau, para o célebre quartel conhecido como o 600, junto ao Palácio do
Governador, tendo ficado a aguardar o próximo quartel que nos seria destinado.
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O Unimog que habitualmente conduzia mas missões de patrulhamento |
Em 3 de
Junho de 1966 fomos colocados em Nhacra e no dia 6 assumimos a responsabilidade
deste Subsector com destacamentos em Safim e em S. João de Landim, com a missão
de tomar conta das estradas que ligavam a Bissau. Missão nada fácil e uma
grande responsabilidade sobre todos nós. A minha missão passou a ser a de fazer
patrulhamentos, já como condutor (a minha especialidade), nas picadas, tendo um
raio de acção de trinta quilómetros em toda a cintura da capital, incluindo o
Aeroporto de Bissalanca.
Nesta
zona, perto da capital, o IN não se mostrava, a sua actividade era silenciosa,
mas tivemos de manter a mesma pressão que exercemos em Tite – não mostrar medo
nem dar descanso.
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Junto da nossa enfermaria móvel |
Em
Janeiro de 1967 constou que íamos mudar de novo de quartel mas acabou por vir
uma boa notícia – o regresso à Metrópole estava para breve. Fomos rendidos pela
CCAÇ 1487 no dia 16. No dia 20 de Janeiro embarcámos de novo no paquete “Uíge”
que nos havia levada para a nossa missão foi o mesmo que nos trouxe de volta.
Chegámos no dia 26 de Janeiro, com o dever cumprido.
De
referir que a CCAÇ 797 foi comandada pelo Capitão de Infantaria Carlos Fabião; como Comandante da CCAÇ 797 foi condecorado com a Medalha de Prata de Valor Militar com Palma. Após o 25 de Abril foi nomeado Governador Geral da Guiné; faleceu em 2 de Abril de 2006.
“Àqueles que fizeram do
Camelo um símbolo e que em torno desse símbolo se uniram e constituíram uma
força coesa para servir a Pátria, com generosidade, coragem e determinação, nas
Portuguesas terras da Guiné, o muito obrigado daquele que teve a honra e o
orgulho de os comandar”. – Capitão Carlos Fabião
segunda-feira, 18 de junho de 2012
DIA DE PORTUGAL
DIA DE
PORTUGAL – 10 DE JUNHO DE 2012
PALAVRAS DO PROF. DOUTOR MANUEL ANTUNES
AOS COMBATENTES DA GUERRA DO ULTRAMAR
Estimados Combatentes,
Quero agradecer-vos a suprema honra de poder
estar, aqui e hoje, convosco. Não me reconheço os dotes que presumivelmente
estiveram na origem do convite que me foi feito pela Comissão Executiva deste
Encontro e que outros, em anos anteriores, evidenciaram. No entanto, as
palavras deste ilustre desconhecido que está perante vós, que não serão um
modelo de retórica, são certamente sentidas. Como escreveu o poeta:
Mas eu que falo, humilde, baixo e rudo,
De vós não conhecido nem sonhado?
Da boca dos pequenos sei, contudo,
Que o louvor sai às vezes acabado.
No 10 de Junho, celebramos o Dia de Portugal,
Dia de Camões, o poeta da nossa epopeia ultramarina. Estamos todos aqui, neste
local histórico, à sombra da Torre de Belém, que simboliza os Descobrimentos Portugueses,
para celebrar Portugal e honrar os seus combatentes, os seus heróis.
Homenageamos os que combateram na guerra do
Ultramar, a mais recente e que ainda está bem viva na memória de muitos, e em
que pereceram quase nove mil portugueses europeus e africanos, cujos nomes
estão para sempre gravados neste monumento. Tal como os navegadores de antanho,
muitos destes deixaram as suas terras para defender a Pátria em terras
longínquas, que a maior parte até desconhecia.
Homenageamos todos os outros que deram a vida
pela Pátria ao longo da sua história, neste rol incluindo aqueles que, mais
recentemente, o fizeram em missões de paz em que, como cidadãos do mundo,
estivemos e continuamos a estar envolvidos em várias partes do planeta.
Todos merecem o nosso mais profundo
reconhecimento. "Ditosa Pátria que tais filhos tem". Não tenhamos
medo desta frase, como não devemos ter medo de afirmar, como Vasco da Gama,
"Ditosa Pátria minha amada". Porque estes Homens só morrem quando a
Pátria se esquece deles. E porque não nos esquecemos deles, aqui viemos hoje.
Mas não recordamos apenas os que perderam a
sua vida na guerra, homenageamos também um enorme número de combatentes ainda
vivos, a merecer reconhecimento, e de que há muitos, ainda, a sofrer as
consequências de uma guerra por Portugal, com referência especial para os mais
de 15.000 deficientes do Ultramar. Os Portugueses homenageiam-vos a todos vós
que aqui estais e aos vossos camaradas que aqui não puderam vir.
É claro que há por aí quem não goste do que aqui
estamos a fazer. Mas como disse, há pouco mais de um ano, o Senhor Presidente
da República, por ocasião do 50º. Aniversário do início da guerra em África,
"...hoje aqui não homenageamos uma época, um regime ou uma guerra.
Trata-se, simplesmente, de uma homenagem da Pátria àqueles que se encontram
entre os seus melhores servidores".
Ainda que algo se tenha progredido nos últimos
anos, lamento a forma como os Antigos Combatentes da Guerra de Ultramar foram,
e continuam a ser desconsiderados, mesmo maltratados, o que evidencia um triste
retrato de Portugal.
Um retrato que se começa a fazer na escola.
Escola de onde entretanto desapareceu o culto da Pátria, da bandeira, do hino.
Escola onde, quase quatro décadas depois, ainda se escamoteia e até se deturpa
uma parte importante da nossa história, mas a que a história um dia fará
justiça.
Como também disse o nosso Presidente, "é
importante transmitir às gerações mais novas, o testemunho de quem enfrentou a
adversidade ombro a ombro com aqueles a quem confiava a vida e por quem a daria
também; o testemunho de quem conhece a relevância de valores como a
solidariedade, o profissionalismo, o mérito e a honra, a família e o
País".
De um Antigo Combatente li que, "só assim
se pode incutir nos mais novos o sentimento de que pertencem a uma nação, com
as suas vitórias e as suas derrotas, os seus momentos de glória e os seus
períodos de desânimo. Não se pode compreender um país se não se conhecer o seu
passado, com tudo o que teve de bom e de menos bom".
Homenageamos hoje, pois, a entrega e o
espírito de missão dos nossos combatentes, com o coração e a alma cheios de
orgulho no que fizeram. Em combate e fora dele. Na integração com as populações
locais, sem precedentes noutras guerras e entre outros povos, e que é
amplamente reconhecida pelos próprios cidadãos desses hoje países
independentes.
Estamos, nestes tempos, a virar a página. As
nossas ligações com África são hoje mais fortes que nunca. A promoção da
lusofonia africana, que nos pode ajudar a libertarmo-nos de alguns dos nossos
problemas, é agora um dos nossos desígnios. A vossa luta também ajudou a criar
um ambiente propício para este diálogo. Afinal, a história está, uma vez mais,
a reescrever-se e a reencontrar-se consigo própria.
Nestes dias, o País atravessa, novamente, uma
situação difícil. Todos nós sofremos as suas consequências. Contudo, comparados
com as vicissitudes desse tempo, os problemas que o País enfrenta hoje até
parecerão menores. Se os conseguimos resolver então, certamente os resolveremos
hoje.
Caros combatentes,
Permitam-me, finalmente, que aproveite a minha
presença aqui para destacar o pessoal da saúde das nossas Forças Armadas,
médicos, enfermeiros, técnicos e outros que deram apoio médico-sanitário nos
teatros-de-operações ultramarinos. Como médico, não podia deixar de aqui
prestar homenagem a todos aqueles que, na frente de combate ou na rectaguarda,
resgataram da morte as vossas vidas. Alguns pagaram também com a própria vida
essa sua dedicação à causa.
Mas não foi apenas na guerra que se
destacaram. Eles ajudaram a estabelecer uma rede de centros de saúde de que
resultou uma cobertura médico-sanitária efectiva onde antes não existia nada.
As populações desses territórios foram os beneficiários directos dessa actuação
e ainda hoje o recordam. Sou testemunha disso, como sou testemunha dessa
actividade, porque por lá vivia então. Convivi com alguns, aprendi com alguns.
É necessário não esquecer que 40% do orçamento das Forças Armadas no Ultramar
era dedicado à acção social. Também desta forma se contribuiu para a construção
do futuro
Queridos combatentes,
Termino, como comecei, citando Camões:
Em vós esperam ver-se renovada
Sua memória e obras valerosas;
E lá vos tem lugar, no fim da idade,
No templo da suprema Eternidade.
Os Portugueses não vos esquecem. Os
Portugueses não esquecem o que vos devem.
Viva
Portugal!
quinta-feira, 17 de maio de 2012
CARTÃO DE ASSOCIADO
Eu sou
sócio da A.D.C.D.A e TU?
A Direcção da Associação no cumprimento do deliberado em
Assembleia Geral, criou os meios logísticos (possíveis) para levar adiante o
regulamentado nos estatutos e em conformidade com as informações que entretanto
fomos divulgando, cobramos as cotas no decorrer do nosso convívio no passado
dia 25 de Abril.
Aos presentes foi-lhes entregue um cartão “PROVISÓRIO”que se tornará em
definitivo logo que seja feito o recenseamento tão completo quanto o possível
de quantos somos, e por onde andamos.
Todos os combatentes de quem temos registos (+ou-300)
e que não estiveram presentes no “ALMOÇO-
CONVIVIO”também têm cartão de associado que lhes poderá chegar às mãos
por solicitação directa junto da Direcção ou no próximo envio de
correspondência, depois de devidamente combinado a forma de regularização do
valor a pagar.
Os companheiros presentes cumpriram com o pagamento da
“cota” que sendo de valor 1,50€ a maioria aceitou pagar valores (anuais) diferentes
na grande maioria superiores.
Se porventura ao leres esta mensagem e se foste
combatente, se és natural ou residente em Avintes, ou até passaste parte
significativa da tua vida na:
“NOSSA TERRA”
ficas desde já “mobilizado” para te associares aos:
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