sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ANTÓNIO TAVARES FONTINHA - Angola






Mensagem de António Tavares Fontinha, Furriel Miliciano Enfermeiro, que pertenceu à Companhia de Caçadores 1428, Maquela do Zombo, Angola, 1965/67, com data de 2 de Fevereiro de 2012

Assentei praça em 24 de Janeiro de 1964 na E.P.I.(Escola Pratica de Infantaria) – Mafra, onde fiz a recruta; pertenci ao 1º Pelotão da 1ª Companhia de Instrução do CSM (Curso de Sargentos Milicianos).
A partir de 6 de Julho e até 30 de Agosto frequentei o Curso de Sargentos Enfermeiros na Escola dos Serviços de Saúde Militar no Hospital Militar Principal, na Estrela, em Lisboa, tendo sido promovido ao posto de 1º. Cabo Miliciano Enfermeiro do 1º. Grupo de Companhias de Saúde, na  Graça, em Lisboa.

Em 1 de Setembro de 1964 fui transferido para o Hospital Militar Regional nº. 3, em Tomar. Em 1 de Março de 1965 fui transferido para o Hospital Militar Regional nº. 1, no Porto e, de seguida, incorporado no RI 2 – Regimento de Infantaria 2, em Abrantes, para efeitos de mobilização.




Em 24 de Junho de 1965, embarquei para Angola e neste mesmo dia fui promovido a Furriel Miliciano Enfermeiro e integrado na CCAÇ 1428, Companhia de Caçadores 1428 (companhia independente)  do RI 2, de Abrantes.

Em Angola a minha Companhia foi colocada no Teatro de Operações em Maquela do Zombo (Estrada Maquela - Cuimba e Posto Fronteira da Quimbata) em reforço ao BCAÇ 749 - Batalhão de Caçadores 749, onde estive até 22 de Agosto de 1967.

Regressei no Navio Uíge, tendo partido de Luanda no dia 22 de Agosto, Cheguei a Lisboa em 3 de Setembro de 1967; passei  à disponibilidade em 5 de Outubro de 1967.

Guião da CCAÇ 1428
Foi-me atribuído um Louvor pelo Comandante de Batalhão de Caçadores 749 (Ordem de Serviço nº. 3 de Janeiro de 1967). Foi-me ainda atribuída a Medalha Comemorativa das Campanhas de África - Angola 1965-1967, por despacho de 08JUN2011 do Exmo. Major General  Director de Justiça e Disciplina. 
Resido em Avintes







              NÓS COMBATENTES
                     Sonhámos jovens, projectámos amores
                     Pintámos telas, fizemos paixões,
                     Das palavras nasceram poemas,
                     A todos nós chegaram ilusões.
                     Com um não à guerra, num grito de dor!...


                      A paz nos vendeu, a guerra nos acolheu.
                      Nós fomos coêrencia, nós fomos ausência

                      dos tiros que matam, da morte que não perdoa.           
                      Nós fomos silêncio em lágrimas corridas,
                      Nós fomos amor naquelas terras coloridas.


                      O mar nos levou, o vento nos trouxe. Somos gente!...
                      Camaradas, Amigos e muito mais...
                      Sulcamos as rugas, lembramos os demais,
                      Dizemos presente nos jovens que fomos
                      E cantamos bem alto o mito que hoje somos.

                                                   António T. Fontinha

    


Navio UIGE

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