sexta-feira, 18 de março de 2011

JOSÉ DOS SANTOS PEDROSA - Guiné



Mensagem de José dos Santos Pedrosa, Soldado Condutor Auto da Companhia de Caçadores 1567, Fulacunda, Guiné, 1966/68

Assentei praça no dia 30 de Junho de 1965, no RAP2, onde fiz a recruta.

Em 30 de Agosto fui colocado no CICA 1, no Porto, onde tirei a especialidade de condutor auto.

Fui colocado no Regimento de Cavalaria 6, no Porto – Serpa Pinto, em 26 de Outubro de 1965 e em 12 de Dezembro de 1965 fui transferido para o Batalhão de Infantaria 3, em Tancos.

Em 3 de Janeiro de 1966 saiu a ordem de mobilização para a Guiné.

Segui para o Regimento de Infantaria 2, em Abrantes, no dia 7 de Maio de 1966 para me juntar aos restantes elementos da Companhia de Caçadores 1567 e nesse mesmo dia embarquei no navio UIGE tendo chegado à Guiné no dia 13

A CCaç 1567 fazia parte do Batalhão de Caçadores 1876. Foi Comandante da Companhia o Capitão Calomero, e o meu grupo de combate era comandado pelo Alferes Mil Custódio. Fazia parte do grupo também o Furriel Mil Orlando Rosa (de Oeiras). O meu grupo de combate tinha o nome “OS CORISCOS”.

À chegada fiquei instalado num quartel conhecido como o 600, em Santa Luzianos arredores de Bissau; aqui estivemos vários meses como Companhia de Intervenção; depois seguimos para Fulacunda.




 

Um dos factos mais importantes da minha comissão de serviço na Guiné deveu-se ao facto de a minha Companhia (CCaç 1567) ter só um 1º Cabo maqueiro; ofereci-me como voluntário para ajudar o Cabo maqueiro sempre que fosse preciso; o Comandante aceitou e deixei de actuar como condutor. Em consequência desta minha disponibilidade e em função do meu desempenho na OPERAÇÃO RENASCENÇA, foi-me atribuída uma condecoração – a Medalha de Mérito Militar, e foi-me concedido um louvor, que a seguir se transcreve:

LOUVOR

“Louvado porque não sendo um elemento da especialidade de enfermagem, mas possuindo alguns conhecimentos do mesmo ramo, graças à sua vontade e intuição para tal, foi no decurso da OPERAÇÃO RENASCENÇA um óptimo auxiliar do pessoal enfermeiro, acorrendo a todos os lugares onde era preciso, indiferente ao perigo que a sua constante movimentação o expunha; foi ainda já na viagem de regresso das NT, após a operação, o mesmo elemento incansável, indo buscar, no fundo do seu ser energias quase impossíveis de admitir, para com a sua acção proceder à recuperação física dos elementos mais necessitados; demonstrou com este sublime exemplo a sua solidariedade para com os camaradas, sendo o soldado Pedrosa, já antecedentemente apontado como militar cumpridor e correcto, merecendo a estima de camaradas e superiores” – Ordem de Serviço 261 de 22/11/1966 do BCaç 1876/CCaç 1567.

Embarquei em Bissau no dia 17 de Janeiro e cheguei a Lisboa no dia 22 de Janeiro de 1968.

Passei à disponibilidade em 16 de Fevereiro de 1968

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